quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Sendo feliz... ou não

“Nenhum problema é maior que o meu. Nenhuma dor é maior que a minha. Ninguém tem mais razão que eu.”
Que importa que a Terra seja um pontinho azul, insignificante, quando comparada ao tamanho de outros planetas?
Que importa que tanta gente passe fome, que muitos sejam mutilados ou mortos por guerras, revoluções e atentados?
Que importa que tantas pessoas sofram de doenças graves, sejam vitimadas por vulcões, maremotos, terremotos, furacões, tsunames e outros fenômenos considerados naturais?
Que importa que tanta gente perca a pessoa amada, parentes queridos ou amigos inesquecíveis?
Por que eu deveria me importar com isso?
Quando sinto dores ou passo mal, enfrento filas, espero muito tempo até que alguém, normalmente de má vontade, se empenhe mais pra se livrar de mim do que pra resolver meu problema; mais preocupado com seu emprego do que com minha saúde.
Quando sinto fome, se não der um jeito de conseguir comida, ninguém se preocupará com o meu estômago, nem com a falta de nutrientes necessários à minha sobrevivência.
Se eu estiver no local de uma guerra, revolução ou atentado, alguém se preocupará em me tirar de lá ou evitar que elas aconteçam?
Alguém está preocupado em me livrar de furacões, terremotos ou qualquer outro agrado da natureza?
Quem se importa quando perco um amor, parentes ou amigos?
Esse papo de que precisamos usar a desgraça alheia pra nos conformarmos com a nossa é de uma estupidez maior que todas as desgraças juntas.
A humildade e a solidariedade não são tão importantes pra salvar o mundo, quanto são pra nossa felicidade ou, diminuição do sofrimento.
Não precisamos olhar pro infinito do universo, nem para as tragédias longínquas. Podemos fazer tanto pelos que estão a nossa volta e, principalmente, por nós mesmos, nos ocupando tanto, que não sobraria tempo pra mais nada.
A humildade nos permite perceber que não somos super, que somos falíveis, vulneráveis, mesmo que aproveitemos ao máximo a capacidade que o conhecimento pode nos disponibilizar.
A solidariedade nos propicia prazer e felicidade, portanto, o grande beneficiário não é o receptor e, sim, quem a pratica.
Não desfrutaremos toda a felicidade e prazer possível no amor, se não propiciarmos felicidade e prazer a quem amamos.
O sorriso que provocamos nos outros, pode nos propiciar mais felicidade que o nosso próprio.
Quem prefere ser ajudado, do que ajudar, desconhece a real felicidade.
Não temos como resolver os problemas da humanidade, mas podemos minimizar os nossos, conseguindo felicidade e prazer, proporcionais à solidariedade que praticarmos.
Portanto, agradeça a quem te propicie ser solidário e não negue a possibilidade de alguém ser feliz, sendo solidário com você.
Não sei quem disse isso, mas concordo totalmente: “Quem não vive pra servir, não serve pra viver”. O resto é resto!